Na última sexta-feira, o presidente do Corinthians divulgou que o clube despende mensalmente R$ 22 milhões em salários dos jogadores. Duilio Monteiro Alves justificou ainda que formou um elenco competente e deixou as decisões sobre saídas e renovações contratuais para o próximo dirigente.
– Diferentemente do que saiu na mídia recentemente, a folha salarial do Corinthians não está entre as três maiores do Brasil. A folha salarial total, com impostos e tudo, hoje é de R$ 22 milhões por mês – disse Duilio durante a entrevista que deu na Neo Química Arena.
Apesar dos investimentos significativos, o Corinthians ocupa a 14ª posição no Brasileirão e enfrenta a ameaça de rebaixamento. O clube não conquista um título desde o Paulistão de 2019, estabelecendo um recorde histórico.
– Tenho a mesma angústia que o torcedor. Quando os jogadores chegaram, todos aqui gostaram do time que montamos, só que não está funcionando dentro de campo. Tem coisas no futebol que não se explicam. Eu acho o time bom, e não era para estar onde está – argumentou Duilio Monteiro Alves.
A tarefa de revitalizar o desempenho da equipe em campo será atribuída ao próximo presidente do Corinthians, a ser escolhido daqui a duas semanas, em 25 de novembro. O elenco provavelmente passará por uma reestruturação, e Duilio deixa para o sucessor a responsabilidade de decidir quais jogadores permanecerão e quais deixarão o clube. A disputa está entre André Luiz Oliveira e Augusto Melo.
– Não quero tratar um atleta individualmente. Temos vários terminando contrato. Estamos em um momento muito importante para o clube, uma situação péssima no campeonato. Precisamos sair dessa situação. Tudo é mais sofrido aqui. (As renovações) São um assunto que vai influenciar dentro do elenco, e não posso atrapalhar o time – começou Duilio, para explicar o adiamento das decisões.
Nove jogadores estão com contratos prestes a expirar: Bruno Méndez, Cantillo, Fábio Santos, Gil, Giuliano, Maycon, Paulinho, Renato Augusto e Ruan Oliveira.
– Nós pensamos no futuro, inclusive com essa troca do Mano no comando agora. Era necessário ter alguém que seguisse no ano seguinte, porque Alessandro (Nunes, gerente de futebol) e eu estamos indo embora. O Mano está fazendo avaliações, o Cifut está analisando e mapeando nomes para contratar. Tudo está sendo feito, mas em silêncio. Não vou falar de Renato. Mais 15 dias já temos eleição, saberemos quem será o próximo presidente. Quem decide se o jogador fica ou não é o treinador – afirmou o atual presidente.
